Diário nos Bairros

Moradores do Tancredo Neves reclamam de lixo em arroio

O Bairro Tancredo Neves está localizado na região Oeste de Santa Maria e, conforme o Censo de 2010, tem mais de 11,4 mil  habitantes. O local tem inúmeros problemas, e um deles é o lixo em um afluente do Arroio Cadena. No local, são depositados desde galhos secos, sacos plásticos, carcaças de computadores e eletrodomésticos, até sofás velhos e outros tipos de móveis usados e descartados.

– O mato está alto aqui no entorno do arroio, e o pessoal aproveita e joga tudo aqui. Livram-se do problema, mas empurram-no para frente e prejudicam outras pessoas – afirma Maria Machado de Lima, que há dois anos preside a Associação de Moradores do bairro.

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Na continuação do afluente, o matagal está bem alto, e os moradores reclamam que na região existem pontos de usuários de drogas. Além disso, quando chove muito, os canos não dão vazão, e toda a via fica alagada. Isso, inclusive, prejudica os alunos da Escola Municipal de Educação Infantil Professora Zulania de Fátima Simionato Salamoni.

Vários pedidos de limpeza já foram feitos e até uma placa com o pedido de conscientização foi colocada no local. Porém, nada, até agora, foi limpo.

Placa de conscientização  já está depredada e o problema do lixo segue Foto: Lucas Amorelli / New Co DSM

Os moradores da Avenida Paulo Lauda também sofrem, nas madrugadas, com os rachas de alguns motociclistas.

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– Não há dia nem horário. Há noites em que a gente não dorme com o barulho das motos. É terrível – diz uma moradora que vive há 28 anos do local e que pediu para não ser identificada.

PARADAS DE ÔNIBUS

Outra grande reclamação é que os pontos de ônibus no sentido Centro-bairro estão sem sinalização e sem abrigo em toda a extensão da Avenida Paulo Lauda. Além disso, três pontos de ônibus estão com situações mais críticas: a parada em frente ao centro comercial, a em frente à Paróquia Nossa Senhora Aparecida e a em frente à loja Donany. É que os carros estacionam em frente aos pontos de ônibus, e o transporte coletivo tem que parar, muitas vezes, no meio da via.

Sem indicação de local exclusivo para os ônibus na Avenida Paulo Lauda, carros acabam estacionando no local Foto: Maria Machado de Lima / Arquivo pessoal

– Os motoristas alegam que não tem sinalização de parada, aí, isso acaba acontecendo. Mas se torna perigoso para quem embarca ou desembarca do transporte – conta Maria.

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SOBRE AS PARADAS:

Conforme a Secretaria de Mobilidade Urbana, não há, no momento, orçamento disponível para a colocação de abrigos de ônibus nos locais citados (no sentido Centro/ Bairro, em frente ao Centro Comercial, em frente à Paroquia Nossa Senhora Aparecida e em frente à Loja Donany). No entanto, a secretaria informou que fará uma vistoria nos locais, para verificar a possibilidade de serem colocadas placas de sinalização indicativa de que há paradas de ônibus. Ainda não há prazo, pois é necessário realizar orçamentos para o serviço.

A secretaria ressalta que a Avenida Paulo Lauda passou, há cerca de um mês, por revitalização, tendo sido feitas melhorias/ revitalização em faixas de pedestres e em alguns abrigos de ônibus, sendo que em um, que estava sem o telhado, foi feita a colocação da estrutura.

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SOBRE OS RACHAS/PEGAS:

Conforme a Secretaria de Mobilidade Urbana, a prefeitura tem buscado coibir esse tipo de atitude em pontos críticos, através da realização da Operação Balada Segura. A pasta informou que solicitará ao grupo responsável pela operação para que a Avenida Paulo Lauda seja inserida no cronograma de ações de fiscalização. 

SOBRE O AFLUENTE, O LIXO E OS ALAGAMENTOS

Conforme o vice-prefeito Sergio Cechin, que coordena o Núcleo de Avaliação e Prevenção de Desastres (NAP-Desastres), o local está entre os 261 pontos de alagamentos identificados em Santa Maria. Cechin ressalta que o alagamento é uma consequência do acúmulo de lixo e do desgaste irregular. O vice-prefeito ressalta que o problema do lixo passa também por uma questão de educação ambiental, que deve ser trabalhada dentro de sala de aula e entre as famílias.

Cechin destaca ainda que, desde fevereiro, o Executivo vem trabalhando para prevenir os alagamentos e que já foram feitas diversas ações paliativas, entre as quais, a limpeza de bueiros.


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